Introdução: A sífilis congênita é uma infecção potencialmente fatal, adquirida pelo feto em gestações com pré-natais irregulares ou de baixa qualidade, que pode causar malformação fetal e prejudicar diversos fatores de saúde dos acometidos. Objetivo: Analisar os dados acerca do internamento de neonatos e crianças em decorrência da sífilis congênita no sudeste brasileiro, entre os anos de 2017 e 2022. Método: Estudo ecológico, exploratório e descritivo, embasado em dados provenientes do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus), na aba Morbidade Hospitalar do SUS geral, selecionando a região sudeste e o período de 2017 a 2022. Foram incluídos na pesquisa apenas dados correspondentes às internações na região sudeste, incluindo a faixa etária de 0 a 9 anos, de ambos os sexos. Resultados: Percebe-se como faixa etária mais acometida nesta análise indivíduos menores de 1 ano (41.804), seguidos de 1 a 4 anos (115) e 5 a 9 anos (38). Ademais, 51,45% são do sexo feminino (21.590), enquanto 49,55% (20.367), do masculino. Acerca do número de hospitalizações, 2021 conta com o maior valor (7.801), equivalente a 31,24% de aumento relativo a 2017 (5.944). Houve crescimento em cada ano entre 2017 e 2021, sendo 2018 (6.486), 2019 (6.562) e 2020 (7.597). Entretanto, 2022 (7.567) evidenciou uma queda de 3% comparado a 2021. Conclusão: Conforme os dados analisados, até 1 ano de idade o risco de hospitalizações devido à sífilis congênita é maior, além de estar mais expressivo em meninas. O número de internações decorrentes da patologia abordada sofreu um aumento considerável entre 2017 e 2021, apesar do declínio pouco expressivo em 2022. Assim, deve-se incentivar um pré-natal mais eficiente, rigoroso e de qualidade no sudeste brasileiro, visto que as complicações da doença podem se estender não só por toda a infância daqueles que a possuem, mas por toda a vida.