INTRODUÇÃO: A síndrome de Stein-Leventhal, atualmente conhecida como síndrome do ovário policístico (SOP), é uma desordem ovulatória que afeta aproximadamente 6-19% da população feminina em menacme. É caracterizada por apresentar alterações hiperandrogênicas, reprodutivas e metabólicas. Os mecanismos fisiopatológicos que levam a SOP são multifatoriais, e acredita-se numa desordem multigênica complexa, incluindo anormalidades no eixo hipotálamo-hipofisário, esteroidogênese e resistência insulínica.
Divergências nos estudos sobre a causa da SOP, promove a formação de hipóteses sobre o que provocaria o desequilíbrio hormonal, tendo a origem genética como possível explicação. Além disso, a dificuldade da realização do diagnóstico precocemente, torna-se mais um fator agravante na eficácia do tratamento.
OBJETIVO: Identificar as dificuldades de diagnóstico da SOP em adolescentes.
METODOLOGIA: Revisão integrativa, as buscas foram realizadas por meio da pesquisa na base de dados PubMed. Foram utilizados os termos: síndrome de Stein-Leventhal, síndrome do ovário policístico na adolescência e diagnóstico da síndrome do ovário policístico.
RESULTADOS: Um dos grandes desafios no diagnóstico da SOP durante a adolescência é a imaturidade do eixo hipotálamo-hipofisário-ovariano, pois distúrbios psíquicos também podem levar a distúrbios ovulatórios, como anorexia nervosa, bulimia e síndrome depressiva, quadros que devem ser afastados.
A ultrassonografia também não é de muita ajuda, pois os ovários das adolescentes, geralmente, têm dimensões e volume maiores que os de mulheres adultas, sendo muitas vezes multifoliculares, principalmente quando há imaturidade do eixo, induzindo diagnóstico errôneo de SOP.
Além dos critérios definidos para a SOP, uma característica marcante é a hiperecogenicidade central que reflete a hiperplasia estromal e que não é vista nas adolescentes sem SOP.
CONCLUSÃO: Realizar o diagnóstico de SOP em adolescentes é uma tarefa com muitos desafios devido às peculiaridades anatômicas da idade, portanto, o diagnóstico só deve ser firmado após a exclusão de afecções: disfunção da tireóide, tumor ovariano ou da suprarrenal, defeitos de síntese da suprarrenal e síndrome de Cushing.
