Introdução: A septicemia pediátrica grave aumentou desde 1990, constituindo 4,4% das admissões em hospitais infantis e 25% dos casos em UTIs pediátricas sul-americanas. Objetivo: Descrever a taxa de mortalidade de internações hospitalares por septicemia em população pediátrica nas regiões brasileiras. Metodologia: Estudo transversal, ecológico, descritivo e quantitativo. Os dados foram coletados no Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), considerando óbitos e regiões brasileiras. A taxa de mortalidade foi calculada como a razão da quantidade de óbitos e o total de Autorizações de Internação Hospitalar (AIH) aprovadas, por 100 habitantes. Os óbitos investigados foram aqueles relacionados ao local de internação, região/unidade da federação entre janeiro de 2017 e outubro de 2023 em crianças de 0-19 anos de idade. A coleta dos dados entre os dias 20-22 de dezembro de 2023, foi aplicada estatística descritiva com a utilização do Software Microsoft Excel 2022 para organizá-los. Resultados: A taxa de mortalidade por septicemia na população pediátrica no Brasil, de 2017 a 2023, foi de 11,2 óbitos por 100. Nas regiões brasileiras, as taxas apresentaram os seguintes quantitativos: Norte (14,58), Nordeste (13,1), Centro-Oeste (11,68), Sudeste (10,94) e Sul (6,74). O ano de 2023 apresentou aumento nas taxas, sendo Norte e Nordeste os mais afetados. Consoante à literatura, essas duas regiões podem ser caracterizadas por maior carência socioeconômica e serviços de saúde menos eficientes. Dessa forma, pode haver associação entre esses fatores e os números elevados de óbitos por internação nesses locais. Conclusão: Houve queda da taxa em 2022 e aumento em 2023. Limitações do estudo incluem subnotificação dos óbitos e incapacidade de realizar associação causa e efeito. Logo, são necessários estudos adicionais para compreender o aumento observado em 2023 e políticas que promovam diagnóstico precoce, tratamento e capacitação para prevenir a septicemia e, consequentemente, a mortalidade por internações.