Introdução: Alérgenos e/ou agentes infecciosos, como o Covid-19, são importantes fatores ambientais desencadeadores da Asma, que se caracteriza como uma inflamação crônica das vias aéreas inferiores muito comum na infância, que produz o broncoespasmo associado à hiperinsuflação pulmonar resultante da dificuldade respiratória, com ênfase expiratória. Apesar da eficácia terapêutica, a internação destas crianças é necessária nos quadros de asma grave ou de exacerbação clínica aguda associados à refração terapêutica. Podendo ocorrer maior frequência mediante facilidades de contágio pela elevada densidade populacional (DP), tal como observado em cidades mais povoadas. Objetivo: Avaliar as taxas de internações de crianças asmáticas, ocorridas em cidades brasileiras com elevada DP, durante 5 anos. Método: Trata-se de um estudo descritivo retrospectivo, sobre os dados de internações de crianças asmáticas com idade entre 1 e 4 anos, de 2018 a 2022 nas cidades de Brasília (Br), Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP). Os respectivos dados foram coletados junto ao sistema DataSus (http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sih/cnv/niuf.def), e apontados em planilha eletrônica para devida análise estatística. Conforme a Resolução do Conselho Nacional de Saúde, não houve avaliação do Comitê de Ética em Pesquisa, por se tratar de dados de domínio público. Resultados: A taxa média de internação durante o quinquênio em SP foi significativamente maior em relação a Br (p<0,05 - 37%) e RJ (p<0,001 - 84%), assim como Br em relação ao RJ (p<0,05 75%). Em 2021, houve um aumento médio em relação a 2020 de 61% SP, 33% em Br e 51% no RJ. Seguido de redução de 10% em SP, aumento de 27% em Br e 0,3% no RJ, em 2022 em relação a 2021. Conclusão: A potencial capacidade de interferência da densidade populacional na taxa de internações de crianças asmáticas em períodos de pandemia deve ser minimizada por meio de implementação de políticas públicas de saúde.