Introdução: A insônia, tipo de distúrbio do sono (DS), é definida pela dificuldade de iniciar ou manter o sono, acompanhada de múltiplos despertares noturnos, resultando em prejuízos no funcionamento diurno e dinâmica familiar, com prevalência de aproximadamente 30% em crianças. Na infância, a insônia está principalmente associada a padrões inadequados de início do sono, como presença dos pais. Objetivo: Avaliar o manejo da insônia em crianças. Método: Trata-se de revisão bibliográfica realizada nos bancos de dados Biblioteca Virtual da Saúde (BVS), Scielo e PubMed, utilizando descritores terapêutica, insônia e criança. Análise de quatro artigos originais. Resultados: Detectar precocemente a insônia infantil é crucial para o adequado manejo e prognóstico favorável. A terapêutica do DS é dividida em etapas interdependentes na prática clínica. Inicialmente, uma anamnese completa busca identificar causas da insônia, com exame físico para descartar afecções desencadeantes, tratando-as quando detectadas. Em seguida, o médico estabelece a higiene do sono, abrangendo ambiente noturno acolhedor, horários regulares para dormir/acordar, manutenção de rotina e estabelecimento de limites à criança. Outra etapa é a abordagem comportamental, executada por profissionais psicoterapia e terapia cognitiva comportamental (TCC) ou pelos pais, envolvendo extinção sistemática, extinção gradual e variações. A extinção sistemática consiste em colocar a criança na cama, sair e ignorar protestos até a próxima manhã, enquanto na extinção gradual, apesar de ignorar comportamentos, os pais retornam ao quarto com intervenção mínima se esses persistirem. As variações das abordagens envolvem alterações nas extinções, como ignorar as reações da criança, porém permanecer no quarto. Por fim, o tratamento farmacológico é desencorajado, pois os fármacos utilizados no manejo da insônia adulta apresentam uso restrito na Pediatria. Conclusão: A abordagem terapêutica apropriada para insônia infantil é essencial para mitigar efeitos nocivos, compreendendo higiene do sono, técnicas comportamentais e, em situações específicas, intervenções farmacológicas.