INTRODUÇÃO: A toxoplasmose congênita resulta de uma infecção primária ou latente durante a gestação. É uma doença prevalente em nações tropicais, como o Brasil. Assim, é importante destacar a ocorrência e notificação da toxoplasmose congênita no sudeste brasileiro, já que são dados essenciais para orientar políticas de saúde, implementar medidas preventivas e reduzir o impacto dessa condição na saúde materno-infantil. OBJETIVO: Analisar as notificações de Toxoplasmose Congênita na região Sudeste, 2019 a 2022. MÉTODO: Trata-se de um estudo epidemiológico transversal, descritivo, retrospectivo com análise quantitativa dos dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil (DataSUS), sobre notificações de casos confirmados de toxoplasmose congênita em menores de 1 ano, no Sudeste brasileiro, entre 2018 e 2022. Foram analisadas as variáveis: raça, sexo e evolução do quadro clínico. Foram desprezados os casos inconclusivos, descartados e com classificação de diagnóstico ignorada/em branco na ficha de notificação. RESULTADOS: Houveram 2.867 notificações de casos confirmados, sendo: 2019 (583), 2020 (679), 2021 (766), 2022 (839). Sobre a raça: pardas (1.224) e brancas (1.059), a população preta (128), amarela (9) indígena (12) representam uma pequena parcela, porém 435 fichas de notificações não preencheram raça. Quanto ao sexo, não houve variação significativa: 1430 masculino, 1416 feminino e 21 dados ignorados. 1.595 crianças evoluíram para cura da doença, enquanto 38 sofreram óbito pelo agravo (38), porém 1.220 casos não obtiveram seguimento da evolução na ficha de notificação e 14 crianças morreram por outra causa. CONCLUSÃO: Portanto, esse agravo tem grande notificação apesar da profilaxia governamental. Ademais, crianças pardas tiveram maior registro da doença, a falta de preenchimento desse quesito na ficha de notificação impossibilita a análise integral. A partir de 2019 há uma crescente do número de casos. O estudo chegou à mesma conclusão que a literatura de base.