A toxoplasmose congênita (TC) é uma doença infecciosa que resulta da transferência transplacentária do Toxoplasma gondii para o concepto. A TC pode-se manifestar como formas graves ou com sequelas graves tardias, mesmo em crianças assintomáticas ao nascimento, sendo as alterações provocadas pela doença mais severas quanto mais precoce é adquirida na gestação. Objetivou-se relatar um caso de um recém-nascido (RN) a termo, filho de mãe adolescente tratada inadequadamente para toxoplasmose durante a gestação e suas consequências ao concepto
RN, sexo feminino, a termo e com peso adequado ao nascer, filho de mãe adolescente, primigesta, com pré-natal completo, feito sorologias para toxoplasmose, sendo positiva desde o primeiro trimestre com baixa avidez, sendo introduzido espiramicina. Em alojamento conjunto foi realizado investigação de TC com sorologias positivas, sendo introduzido tratamento com esquema tríplice e realizado tomografia de crânio, a qual evidenciou calcificações periventriculares e feito fundo de olho com retinocoroidite a direita, iniciado prednisolona. Devido a boa evolução do quadro, RN teve alta com continuação do tratamento em domicílio e encaminhamento ao infectologista.
O relato mostra erro em manejo de tratamento em toxoplasmose em gestação pela equipe de saúde, uma vez que sorologias positivas teste de avidez baixa no primeiro trimestre, seria recomendado iniciar com sulfadizina, espiramicina e ácido folínico, fazendo com que RN do caso tenha sido sujeito a danos neurológicos e visuais. Desta forma, apesar da TC ser um sério problema de saúde, que pode acarretar danos irreversíveis ao feto, os estudos apontam que os atuais profissionais pré-natalistas apresentam deficiência em manejo de tal condição clinica.
Nesse prisma, é de suma importância o cumprimento dos protocolos vigentes ao respeito da toxoplasmose, em prol de haja uma melhor qualidade de assistência prestada ao caso evitando a forma congênita.