TRATAMENTO DE EMERGÊNCIA DA CETOACIDOSE DIABÉTICA EM CRIANÇAS

Introdução: A Cetoacidose Diabética (CAD) é um distúrbio metabólico resultante da complicação do Diabetes Mellitus tipo 1 (DM1), apresentando-se por hiperglicemia, lipólise excessiva, liberando ácidos graxos, e acidose metabólica, resultando no aumento dos níveis séricos e urinários de corpos cetônicos. A prevalência é de 1 em 2500 crianças menores de 5 anos. Objetivo: Elucidar o tratamento de emergência da cetoacidose diabética em crianças. Método: Revisão bibliográfica com bancos de dados Biblioteca Virtual da Saúde (BVS), Scielo e Pubmed, empregando descritores “tratamento de emergência”, “cetoacidose diabética” e “criança”. Foram analisados quatro artigos originais. Resultados: O tratamento pediátrico da CAD envolve reposição volêmica, de potássio, e insulinoterapia. Inicialmente, realiza-se infusão venosa rápida de soro fisiológico (SF), seguida pela infusão de líquidos de manutenção após estabilização. A fase rápida de reposição consiste na administração de 10 a 20 ml/kg de SF em uma a duas horas, repetindo-se até melhorar a perfusão tissular. Seguidamente, na fase de manutenção, administram-se 1500 a 2000 ml/m²/dia de SF, seguindo o método Holliday Segar. Também para controle glicêmico, utiliza-se sistema de duas soluções, preparando soluções com glicose 10 a 12,5% e sem glicose, ajustando a relação entre ambas conforme glicemia do paciente. Após a primeira hora da reposição volêmica, inicia-se insulinoterapia com infusão de insulina regular a 0,1 unidade/kg/hora para reduzir a glicemia. Por fim, a reposição de potássio (K) é realizada conforme sua dosagem sérica: 40 mEq/L de solução administradas quando K sérico está entre 3,5 e 5,5 mEq/L, infusão de 60 mEq/L quando K é inferior a 3,5 mEq/L, e suspende-se infusão de potássio quando K ultrapassa 5,5 mEq/L. Conclusão: O tratamento emergencial pediátrico da cetoacidose diabética requer intervenções rápidas e eficazes para diminuir complicações e melhorar o prognóstico.