A tuberculose é uma patologia associada às mudanças socioeconômicas ocorridas na Revolução Industrial, a qual foi responsável pela migração massiva e a consequente aglomeração de pessoas. Essa doença, ainda permanente na sociedade, caracteriza-se por se apresentar em diferentes faixas etárias e em distintas formas. A respeito disso, no adolescente, quando comparado ao público infantil, a incidência é significativamente maior devido a fatores como a maior exposição a indivíduos bacilíferos e as alterações endócrino-metabólicas desse período. Acerca das apresentações clínicas na forma pulmonar, assemelham-se com a dos adultos, de forma a revelar infiltrados nos terços superiores de um ou ambos os pulmões, enquanto a pleural é mais frequente em adolescentes do que em crianças. Nesse contexto, mesmo através de toda a atenção da saúde voltada à tuberculose, observa-se ainda uma fragilidade na percepção dos adolescentes como sujeitos à contaminação, disseminação e necessidade de intervenção terapêutica, visto que o número de casos revela uma problemática à saúde pública. Sob esse viés, o objetivo desse trabalho é pesquisar a prevalência de casos entre os adolescentes através de uma metodologia pautada em dados encontrados no sistema DATASUS de 2013 a 2022. Nesse sentido, baseando-se nos números encontrados é possível observar predominância de casos nos anos de 2018 e 2019, com 1.139 e 1.137, respectivamente. Nos outros períodos, a quantidade de infectados foi aproximadamente igual, tendo em 2013 e 2017, numerações maiores, confirmando 1.091 e 1.088. Em relação ao valor mais baixo, pode-se contar com o ano de 2020 com 908 casos. Dessa maneira, percebe-se uma média de 1.050,8, com uma constância, sem grandes aumentos ou reduções. Nessa ótica, é possível concluir que a relativa invariabilidade desses dados revela um déficit no combate contra essa doença e a necessidade de investimentos em prevenção primária contra a tuberculose entre adolescentes.