Introdução: A displasia broncopulmonar (DBP) representa um desafio significativo em prematuros, especialmente os de extremo baixo peso. A fisiopatologia da DBP está associada a danos pulmonares crônicos causados pela hiperventilação, resultado de imaturidade pulmonar e deficiência de componentes protetores como o surfactante. A incidência varia, sendo mais comum em neonatos com idade gestacional abaixo de 34 semanas. O tratamento para prevenir a DBP inclui corticoides antenatais, surfactante e ventilação gentil. A pesquisa se concentra no papel do óxido nítrico inalatório (NOi) na DBP. Objetivo: Abordar aspectos da literatura quanto ao tratamento com óxido nítrico na Displasia Broncopulmonar. Método: Pesquisa descritiva por revisão bibliográfica. Realizada pesquisa nas bases SciELO, PubMed, LILACS e Google Scholar. Dos artigos encontrados os critérios de inclusão foram artigos de 2003 a 2021 que abordaram o tema DBP e o tratamento com óxido nítrico na DBP. Resultados: Estudos revisados indicam resultados mistos. Embora o NOi melhore a oxigenação e seja considerado útil em casos específicos, a revisão destaca discreta sobrevida em bebês negros com DBP sob NOi em comparação com oxigênio e suporte ventilatório. Alguns estudos sugerem que o NOi pode reduzir a necessidade futura de tratamento respiratório em prematuros de extremo baixo peso. Todavia, a administração contínua de NOi não mostrou melhora na sobrevivência sem DBP ou lesão cerebral. Alguns estudos não recomendam sua utilização em prematuros devido à falta de benefícios significativos, enquanto outros reconhecem seu potencial em situações específicas.
Conclusão: A pesquisa destaca a complexidade da DBP e a necessidade de compreender melhor o papel exato do NOi, incluindo concentrações ideais e o momento adequado para iniciar a terapia. Apesar dos avanços nos cuidados neonatais, a busca por estratégias eficazes continua diante do desafio apresentado pela DBP em prematuros.