VIABILIDADE DE RECÉM-NASCIDOS PREMATUROS NO BRASIL DE 2012 – 2019

Introdução: Viabilidade significa “a qualidade ou estado de ser capaz de viver, crescer e se desenvolver”, é o estágio mais precoce da maturidade fetal. Em países desenvolvidos como a Japão, Suíça e Estados Unidos os estudos já avaliam a viabilidade de Recém-nascidos com 22 semanas de idade gestacional. Objetivo: Avaliar a viabilidade de recém-nascidos prematuros nascidos no Brasil no período de 2012 – 2019. Método: Trata-se de um estudo Observacional, ecológico, de base populacional. A amostra de pacientes foi composta por todos os recém-nascidos com 22 a 31 semanas de idade gestacional, registrados no SINASC no período de 2012 a 2019. Para avaliação da viabilidade foi utilizado a associação com a base do SIM no período de 2012 a 2019. Foi realizado o método de Linkage para associação entre fatores de mortalidade e de pré-natal e assistência ao parto. Resultados e Discussão: Encontramos uma viabilidade de 26 semanas de idade gestacional no país, o que se mostra acima do encontrado em países desenvolvidos, como por exemplo o Japão, que apresenta viabilidade de 22 semanas de gestação. Entre as regiões do país foi possível avaliar uma variação no limiar de viabilidade, sendo na região Norte de 25 semanas (53,1%), nas regiões Sudeste e Nordeste de 26 semanas (51,7% e 51%, respectivamente) e nas regiões Sul e Centro Oeste de 27 semanas (64% e 58,4%, respectivamente). Conclusão: Esse é o primeiro estudo que avalia a viabilidade de recém-nascidos prematuros severos e extremos no Brasil, sendo encontrada uma viabilidade de 26 semanas. Isso mostra que nosso país ainda tem muito o que investir nos cuidados do binômio mãe-bebê. Sempre com aconselhamento adequando durante o pré-natal dos pais, para que seja tomada de decisão conjunta sobre se esses recém-nascidos devem ser reanimados ou receber cuidados paliativos.