Texto divulgado em 01/07/2024
A campanha Julho Branco: com consciência, sem drogas – mês do combate ao uso de drogas por crianças e adolescentes, tem por objetivo conscientizar profissionais de saúde e a população em geral sobre os efeitos nocivos do consumo de drogas lícitas e ilícitas, que vem ocorrendo cada vez mais cedo entre os jovens, e cujas consequências são maiores na faixa etária pediátrica.
“Esse é um tema de grande importância para toda a sociedade, uma vez que a iniciação do consumo dessas substâncias tem sido cada vez mais precoce, impactando de forma avassaladora a vida desses indivíduos. Por isso, é imprescindível que profissionais da saúde estejam preparados para abordar, orientar e conscientizar pais, responsáveis e educadores em relação a esse problema. Por não entenderem o risco, muitas vezes crianças e adolescentes iniciam o uso de drogas influenciadas por pessoas mal-intencionadas, porém, outras vezes, elas se espelham nos pais, consumindo drogas lícitas, como bebidas alcoólicas e cigarros, achando que tal consumo não trará qualquer perigo ou dano. No entanto, ao contrário, muitos são os riscos e os males que podem conduzir a graves prejuízos à saúde – e em alguns casos, de forma irreversível! E quando abordamos o combate ao consumo de drogas na faixa etária pediátrica, é imprescindível pensarmos na sua prevenção, o que se faz discutindo o assunto com a família e seus filhos e estando atento a situações de risco. Portanto, reservar um tempo específico da consulta pediátrica voltado à abordagem dessa questão, certamente favorece uma intervenção preventiva.”
Claudio Barsanti, coordenador das Campanhas da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP)
“A idade de experimentação das drogas vem ocorrendo cada vez mais cedo, por isso, é preciso evitar que a criança, desde pequena, tenha contato com qualquer tipo de substância, pois todas elas, quando consumidas antes da formação do cérebro, podem acarretar maior dependência e complicações. Importante enfatizar que as novas drogas sintéticas que estão circulando, como a K9, K2 e K4, vêm preocupando muito os profissionais da saúde, assim como o uso de cigarro eletrônico (vape), que virou moda entre os jovens e é muito consumido nos dias de hoje pelos adolescentes; entretanto, ele possui mais nicotina que o cigarro normal – o veículo que vaporiza a nicotina tem glicerol e outras substâncias que são cancerígenas e produzem uma doença inflamatória em nível pulmonar. O exemplo da família e o não uso de drogas lícitas ou ilícitas por ela é fundamental como exemplo para os filhos ou netos. Outra droga que os jovens acham que faz menos mal é a maconha, porém ignoram que ela tem até cinco vezes mais substâncias cancerígenas do que o tabaco e que podem lesar o cérebro, provocando dificuldades em relação ao aprendizado. Por isso, os pediatras têm a obrigação de trabalhar a questão da prevenção do consumo de drogas em sua rotina diária, conscientizando não só os próprios pacientes, mas também pais e responsáveis sobre os perigos do consumo dessas drogas, sejam elas lícitas ou ilícitas. Lutamos pelo projeto de aconselhamento breve nos consultórios pediátricos e na família! Aprenda o que é isto em: www.drbarto.com.br
João Paulo Becker Lotufo, presidente do Núcleo de Estudos de Combate ao Uso de Drogas por Crianças e Adolescentes da SPSP e coordenador da campanha Julho Branco: com consciência, sem drogas
Organização: Núcleo de Estudos de Combate ao Uso de Drogas por Crianças e Adolescentes da SPSP