Dia Mundial de Luta contra a AIDS

Dia Mundial de Luta contra a AIDS

Sociedade de Pediatria de São Paulo
Texto divulgado em 01/12/2021


Dia 01 de dezembro é a data escolhida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para que internacionalmente possamos unir esforços no combate a AIDS, não apenas lembrando dos avanços alcançados com o manejo da doença, mas também na luta contra o preconceito, estigma e discriminação das pessoas que vivem com o HIV, melhorando dessa forma a compreensão da população sobre o vírus e suas repercussões, reconhecendo-o como um problema de saúde pública global. 

Após quatro décadas do início da descrição da AIDS, assistimos a uma enorme mudança no seu perfil: de uma doença grave para uma infecção crônica controlável. Isso foi possível graças à melhoria significativa do tratamento, ao manejo e monitoramento mais preciso e ao investimento em medidas de proteção aos pacientes com uso de tratamento precoce ao HIV, prevenção de infecções oportunistas, além de investimentos na vacinação das pessoas infectadas pelo vírus.

Situação atual

O último levantamento da OMS/UNAIDS contabilizou 38 milhões de pessoas em todo mundo vivendo com HIV no ano de 2019, sendo desses 1,8 milhões de crianças de 0 a 14 anos. No Brasil, nas quatro décadas, temos 1.011.617 casos, sendo 15.486 pessoas menores de 13 anos.

Todos os investimentos em conscientização e prevenção devem ser amplamente divulgados com objetivo de reduzir novas infecções. Testagem regular de toda pessoa sexualmente ativa, o que inclui mulheres com planejamento reprodutivo, é uma das estratégias de prevenção. Havendo o diagnóstico do HIV, essa mulher será imediatamente tratada e submetida ao protocolo de prevenção de transmissão vertical (da mãe para o filho), tornando a transmissão para o bebê bastante baixa, em torno de 0 a 3%.

Dessa forma, mulheres soropositivas podem ter filhos saudáveis. Esse é um enorme avanço no manejo da doença e tem possibilitado a realização dos sonhos das mulheres infectadas de constituir suas famílias com crianças sem HIV.

Relatora
Daniela Vinhas Bertolini
Departamento Científico de Infectologia da Sociedade de Pediatria de São Paulo

Foto: andrew lozovyi | depositphotos.com