Matéria do jornal Correio Braziliense cita estudo apresentado no encontro anual da Pediatric Academic Societies (PAS), realizado em abril de 2012, nos Estados Unidos, e publicado na revista Pediatrics de março de 2011. A pesquisa mostra que recém-nascidos de mães estressadas, durante o primeiro trimestre da gravidez, têm o risco de ter uma deficiência de ferro no organismo, o que pode levar a problemas físicos e mentais durante a infância.A carência de ferro nas crianças, causa fadiga, falta de apetite, palidez da pele e das mucosas das pálpebras e da gengiva, dificuldade de aprendizagem e apatia. O ferro atua no desenvolvimento dos órgãos, especialmente o cérebro, e desempenha um papel imp ortante nos processos metabólicos. A deficiência de ferro em bebês também pode estar relacionada ao tabagismo e à diabetes da gestante, ao parto prematuro e ao baixo peso no nascimento.
FONTE: Correio Braziliense, 18 de maio de 2012
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/ciencia-e-saude/2012/05/18/interna_ciencia_saude,302965/gravidez-tensa-pode-levar-a-deficiencia-de-ferro-em-recem-nascidos.shtml
Comentário:
Dr. Paulo Roberto Pachi
Presidente do Departamento Científico de Neonatologia da SPSP
Sabemos que gestantes expostas a privações (cuidados pré-natais insuficientes, alimentação deficiente) e estresse como, por exemplo, na situação de guerra os níveis de ferritina (proteína que reflete a reserva de ferro de uma pessoa) no cordão umbilical foram menores nas mães do grupo que vivenciou bombardeios.
Na realidade, não sabemos se é só o estresse materno que causa essa redução do ferro pois podem haver outros fatores concomitantes; além disso, ainda não temos certeza que esse nível baixo de ferritina na primeira etapa da gestação possa causar deficiência de ferro no filho.
Texto divulgado em 05/09/2012