Amamentação: promovendo, protegendo e apoiando sempre

A Organização Mundial da Saúde, o UNICEF e o Ministério da Saúde recomendam que todas as crianças recebam leite materno e alimentos complementares apropriados e seguros até pelo menos os dois anos de idade e exclusivamente leite materno até seis meses de vida.

Muitos fatores contribuem para a dificuldade das mulheres em manter esse padrão ideal e exercer esse direito. Assim, para amamentar são essenciais ações de apoio (como informar e auxiliar quanto às habilidades de amamentar), promoção (como colocar o tema em destaque na mídia) e proteção (implementar legislações e políticas – como benefícios trabalhistas, controle da publicidade dos chamados “substitutos” da amamentação).

O Brasil, comparado a outros países, tem se destacado especialmente frente à proteção das famílias quanto ao marketing abusivo de produtos que competem com a prática de amamentar. Participamos da Assembleia Mundial da Saúde, que aprovou em 1981 o Código Internacional de Comercialização de Substitutos do Leite Materno, base para a elaboração da Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras (NBCAL). Este instrumento tornou-se a Lei 11265/2006, regulamentada pelo Decreto 8552 em 2015. A rede IBFAN (International Baby Food Action Network) se destaca, no Brasil, por monitorar a NBCAL, colaborando para proteger o aleitamento materno.

Em 1991, a WABA (World Alliance for Breastfeeding Action) lançou a Semana Mundial de Aleitamento Materno (SMAM) com o propósito de promover a amamentação, recolocando-a na mídia por uma semana (ao menos!). A cada ano, elege-se um tema que é celebrado em todo o mundo de 1 a 7 de agosto, destacando-se, no Brasil, ações espalhadas pela grande maioria dos municípios. Em 2017, o tema da SMAM é o trabalho em parcerias, qual seja promover a amamentação em conjunto e não de forma isolada. A IBFAN destaca que estes sejam parceiros sem conflitos de interesses, nos auxiliando na promoção, proteção e apoio ao leite materno e na prática de amamentar, contra interesses comerciais abusivos.

 

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Relator:
Dra. Marina Ferreira Rea
Departamento Científico de Aleitamento Materno

Publicado em 16/08/2017.
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Este blog não tem o objetivo de substituir a consulta pediátrica. Somente o médico tem condições de avaliar caso a caso e somente o médico pode orientar o tratamento e a prescrição de medicamentos.

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