Momento Saúde: seguimento das crianças expostas à sífilis congênita

Momento Saúde: seguimento das crianças expostas à sífilis congênita

A coluna Momento Saúde foi criada para que você possa ter informações rápidas sobre um determinado tema de relevância para a saúde das crianças e adolescentes, com textos curtos e de linguagem simples. Com uma postagem por semana, esta coluna será seu momento de dicas, alertas e cuidados.

Agora o assunto é:
Sífilis congênita

 

A importância do seguimento das crianças expostas à sífilis congênita

Tão importante quanto tratar de forma correta os recém-nascidos com sífilis é fazer o seguimento depois da alta hospitalar, pelo menos até os 2 anos de idade, mesmo que eles não tenham tido sinais clínicos da doença. No seguimento, o pediatra irá acompanhar o crescimento e o desenvolvimento, e pedirá alguns exames necessários para saber se o bebê respondeu ao tratamento e se não tem complicações decorrentes da sífilis.

Os exames a serem solicitados no acompanhamento são:
Exame de sangue VDRL: é importante a coleta repetida com 1, 3, 6, 12, 18 e 24 meses ou até que se tenha 2 exames negativos. A partir dos 18 meses um outro tipo de exame deve ser realizado para avaliar a necessidade de acompanhamento por mais tempo dessa criança;
Avaliação oftalmológica e audiológica: deverá ser solicitada por volta dos 6 meses de idade para afastar complicações como dificuldades na visão e na audição, que podem ocorrer de forma mais tardia na doença;
Liquor (líquido da espinha): ele será coletado novamente por volta do 6º mês de vida, se a criança teve esse exame alterado no período neonatal, ou seja, se ela teve a chamada neurossífilis, que acomete o cérebro. Nessa situação, a realização desse exame é importante para se evitar complicações neurológicas da doença e saber se o tratamento foi adequado.

Assim, não se esqueça: o tratamento da sífilis congênita não termina no período neonatal. O seguimento das crianças com sífilis até os 2 anos é importante para diagnóstico e tratamento precoces de possíveis complicações da doença, garantindo a qualidade de vida dessas crianças.

qimono / Pixabay

 

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Relator:
Departamento Científico de Neonatologia da SPSP.

Publicado em 25/10/2017.

Este blog não tem o objetivo de substituir a consulta pediátrica. Somente o médico tem condições de avaliar caso a caso e somente o médico pode orientar o tratamento e a prescrição de medicamentos.

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