Texto divulgado em 30/05/25
Este estudo traz evidências relevantes que merecem atenção no atendimento clínico de adolescentes. Ao investigar a associação entre o tempo de tela e sintomas de depressão, ansiedade e estresse, os autores demonstram que adolescentes que passam mais de quatro horas por dia em frente a telas têm risco significativamente maior de apresentar sintomas de sofrimento psíquico.
Esses achados reforçam a importância de conhecer, de forma sistemática, sobre o uso de telas, especialmente nas faixas etárias entre 12 e 15 anos. A triagem simples sobre o tempo de exposição diária a dispositivos como celulares, videogames e televisão podem servir como um importante indicador de risco para transtornos emocionais.
Além disso, o estudo destaca que mesmo após ajustes por características sociodemográficas (como idade, sexo e escolaridade materna), o tempo excessivo de tela se manteve associado a estes desfechos negativos. Embora o delineamento transversal não permita inferir causalidade, a associação encontrada é suficiente para justificar uma abordagem preventiva em casa e no consultório.
Diante disso, recomenda-se que pediatras e famílias conversem e orientem adolescentes sobre limites saudáveis de tempo de tela, incentivando também a prática de atividades físicas, o sono adequado e o convívio social presencial todos os fatores protetores da saúde mental.
A leitura deste estudo é fundamental atualmente, pois reforça a importância de ações de educação em saúde e orientação comportamental para os adolescentes, que passam por uma fase de grandes e várias transformações psicossociais e biológicas.
Veja esse estudo na íntegra, publicado na Revista Paulista de Pediatria.
Acesse o link: https://doi.org/10.1590/1984-0462/2025/43/2023250
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