Texto divulgado em 30/07/25
Este estudo publicado pela Revista Paulista de Pediatria traz informações importantes para uma melhor organização da assistência a recém-nascidos portadores de hérnia diafragmática congênita (HDC) no Estado de São Paulo.
A HDC acomete aproximadamente 1,4 a cada 10.000 nascidos vivos e apresenta uma mortalidade elevada, mas com grande variação, de acordo com o nível socioeconômico do local e a existência de uma assistência neonatal regionalizada, com o direcionamento das gestantes para centros de referência que tenham UTI Neonatal (UTIN).
O estudo teve como objetivo analisar a distribuição espacial dos óbitos neonatais de recém-nascidos com HDC no Estado de São Paulo e a sua associação com a disponibilidade de leitos de UTIN.
Os autores realizaram um estudo de base populacional que incluiu 10.246.686 nascidos vivos no Estado de São Paulo, filhos de mães residentes no mesmo estado, no período de 2004 a 2020. Desses, 81.474 (0,8%) foram a óbito, sendo 1378 óbitos associados à HDC, os quais ocorreram em 19,2% dos municípios do estado. A taxa de mortalidade associada à HDC nos municípios com leito de UTIN foi semelhante à observada nos municípios sem UTIN.
Esses resultados mostram que os óbitos neonatais associados à HDC ocorreram de forma aleatória pelo estado, ou seja, as gestantes de fetos com HDC nem sempre foram direcionados para centros de referência, o que sugere a necessidade de implementação de estratégias de regionalização da assistência perinatal da HDC no Estado de São Paulo, visando melhores desfechos para os recém-nascidos portadores desta anomalia congênita.
Veja esse estudo na íntegra, publicado na Revista Paulista de Pediatria
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