Texto divulgado em 30/08/25
O tema abordado neste artigo é extremamente relevante tanto do ponto de vista sanitário quanto ambiental e socioeconômico. A poluição atmosférica é considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um dos principais fatores de risco ambiental para a saúde humana, e os efeitos são particularmente graves em populações vulneráveis, como crianças.
Os autores estimaram a associação entre exposição ao material particulado poluente com diâmetro aerodinâmico inferiores a 10u (PM10) e internações hospitalares no período entre 2016 e 2019, especificamente por doenças respiratórias agudas em crianças residentes nas cidades conurbadas de Taubaté, Tremembé e Pindamonhangaba.
Foram identificadas 1.291 internações com média diária de 0,88, variando entre 0–7 internações/dia. As hospitalizações apresentaram correlação positiva com as concentrações de PM10 e correlação negativa com as temperaturas máxima e mínima.
Estes achados reforçam a importância do ambiente na determinação de doenças respiratórias agudas, como bronquiolite, pneumonia e crises de asma. Além disso, tem o potencial de alertar gestores de saúde e, consequentemente, subsidiar políticas públicas efetivas, como controle de emissões veiculares e industriais, planejamento urbano sustentável e sistemas de alerta para populações vulneráveis em dias com pior qualidade do ar.
Outro aspecto que merece destaque é o custo das internações. Ao quantificar os gastos evitáveis para o sistema de saúde, o estudo ajuda a demonstrar que políticas ambientais não são apenas medidas de proteção à saúde, mas também investimentos econômicos eficientes.
Veja esse estudo na íntegra, publicado na Revista Paulista de Pediatria
Acesse o link: https://www.scielo.br/j/rpp/a/B3qsTjVzDCJ5pgzLYRnCCMq/abstract/?lang=pt
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