Salvando crianças

Sociedade de Pediatria de São Paulo
Texto divulgado em 02/09/2022


Estamos diante de mais uma notícia de fatalidade acometendo uma criança pequena: uma criança de 1 ano e 7 meses foi encontrada morta na quadra de futebol de uma creche.

Sim, será importante verificar as circunstâncias do ocorrido e, principalmente, por que a criança foi “encontrada” em parada cardiorrespiratória, uma vez que crianças nessa idade não devem ser deixadas sem supervisão de um adulto responsável em nenhum momento.

Mas, imaginando que essa supervisão direta ocorreu, porém a criança tenha sofrido uma obstrução de via aérea, fazendo-a parar de respirar, o atendimento rápido e bem-feito, nesse caso, poderia ter salvo a vida dessa criança, bem como ter evitado que tivesse sequelas por falta de oxigenação.

E é esse o ponto que quero ressaltar. O que fazer nesses casos: o ensino do Suporte Básico de Vida (SBV) à população em geral. Aqui, principalmente aos profissionais que lidam diretamente com as crianças: professores, atendentes de creches, porteiros de escolas, motoristas, enfim, todos.

Volto a lembrar que, nesse caso específico, não sabemos grandes detalhes: apenas estamos aproveitando a oportunidade para disseminar a ideia da importância de ensinar a toda a população as manobras adequadas nessas situações (SBV). Lembrando que nessas urgências dificilmente haverá um profissional de saúde/bombeiro/policial devidamente treinado próximo à cena que poderá rapidamente intervir, ficando o atendimento inicial a cargo do público leigo presente.

Prevenção é a chave de tudo. Devemos manter o ambiente adequado e seguro, para evitar que “acidentes” ocorram. Mas, uma vez que ocorram, o atendimento rápido e eficaz salva vidas.

 

Tania Zamataro
Presidente do Departamento Científico de Segurança Infantil da Sociedade de Pediatria de São Paulo
Coordenadora do Blog Pediatra Orienta da SPSP