Um dia que vale a pena comemorar

Um dia que vale a pena comemorar

Dia Mundial da Biblioteca – a Unesco estabeleceu o dia 1º de julho, como a data para essa lembrança.

As primeiras bibliotecas que se tem notícia possuíam em seus acervos tabletes de argila (de origem mineral), depois vieram as bibliotecas constituídas de rolos de papiros e pergaminhos (de origem vegetal e animal). Essas são as bibliotecas dos babilônios, assírios, egípcios, persas e chineses. Mais tarde, com o advento do papel, fabricado pelos árabes, começaram a se formar as bibliotecas de papel e, mais tarde, as de livro propriamente dito. Os historiadores acreditam que a biblioteca mais antiga seja a biblioteca de Ebla, encontrada em 1975 na Mesopotâmia e cujo acervo era formado de placas de argila escritas em caracteres cuneiformes datados de 2500 anos antes de Cristo. A mais famosa foi a biblioteca de Alexandria, no Egito. Ela teria de 40 a 60 mil manuscritos em rolos de papiro, chegando a possuir 700 mil volumes. Hoje, a maior biblioteca existente no mundo é a do Congresso Americano, que possui mais de 140 milhões de itens.

Bibliotecas servem para guardar livros e documentos históricos. Livros servem para guardar registros da história humana, para armazenar o conhecimento acumulado da humanidade. Servem, também, para multiplicar o acesso a esse conhecimento. Livros são expressões do humano, retratos da sua alma, dos seus anseios e angústias. São projeções de seus sonhos. Fantasias da sua imaginação. Reflexões sobre a vida. Enfim, livros são a própria vida em palavras.

Cada livro, entretanto, tem um poder que transcende as palavras e o próprio autor. Ao ser lido ele é também incorporado a quem o lê. “Eu sou os livros que li”. O escritor Rubem Alves escreve em seu livro Educação dos sentidos: “Os livros que amo não me deixam. Caminham comigo. Há os que moram na minha cabeça e vão se desgastando com o tempo. Esses, eu os deixo em casa. Mas há os livros que moram no corpo. Esses são eternamente novos”.

Há poder em um livro. Monteiro Lobato o reconhece ao dizer: “Um país se faz com homens e livros”.  Malala Yousafzai (paquistanesa, prêmio Nobel da Paz de 2014 atesta essa importância: “Uma criança, um professor, um livro e uma caneta podem mudar o mundo”.

Relator:
Fernando MF Oliveira
Coordenador do Blog Pediatra Orienta da Sociedade de Pediatria de São Paulo

Foto: 7fF0iei80AQ_adam-winger I unsplash