AMAMENTAÇÃO EM TEMPOS DE PANDEMIA

INTRODUÇÃO
Durante a pandemia do vírus Covid-19, foi gerada uma insegurança acerca do aleitamento materno. Como era um vírus novo e suas formas de contágio desconhecidas, as mães infectadas com o vírus não sabiam se era possível contaminar os bebês por meio da amamentação. Por outro lado, em meio a uma pandemia, os lactentes precisavam de fortalecimento do sistema imunológico, o que só é possível por meio do aleitamento e pará-lo poderia ser danoso.

OBJETIVOS
Estudar a possibilidade de transmissão do Covid-19 por meio da amamentação. Definir se é preciso parar o aleitamento caso a mãe esteja contaminada com o vírus.

MÉTODO
Revisão de literatura a partir da coleta de dados nos periódicos BVS e Pubmed, compreendendo publicações em inglês e português publicadas no período de 2019 a 2024 e utilizando os descritores “amamentação” e “covid-19 no puerpério”.

RESULTADOS
Estudos mostram que a amamentação em tempos de contaminação pela COVID-19 possui mais benefícios do que riscos de transmissão vertical. Apesar da necessidade de mais estudos, os efeitos benéficos da amamentação se destacaram durante o período da pandemia devido ao reforço imunológico que é proporcionado. Existem poucas evidências que indicam a transmissão vertical do vírus Sars-cov-2 pela amamentação e estudos mostraram que Indivíduos amamentados apresentaram melhor resposta clínica – devido à influência na microbiota e no sistema imunológico proveniente do leite materno – em comparação com aqueles que não foram amamentados.

CONCLUSÃO
Desse modo, tendo vista o importante papel imunomodelador do aleitamento materno para a proteção de doenças, a Sociedade Brasileira de Pediatria preconiza que, mesmo em casos de suspeita e confirmação de infecção por covid-19, a amamentação não deve ser suspensa, tendo em vista que os benefícios do leite humano superam qualquer risco potencial do vírus.