Introdução: O cuidado com a dor e ansiedade em crianças é uma preocupação nos serviços de tratamento intensivo e de urgência. Esse cenário leva a utilização de sedoanalgesia, visando melhorar a tolerabilidade da dor e controlar a ansiedade. Entretanto, o uso inadequado desses medicamentos pode levar a diversos impactos negativos, podendo haver prolongação do suporte ventilatório, sofrimento pela abstinência e agravando a morbimortalidade de crianças. Objetivo: Abordar a sedoanalgesia mais adequada e utilizada na pediatria. Método: Trata-se de uma revisão bibliográfica realizada por levantamento na base de dados do BVS e Scielo. Foram encontrados 4 artigos originais a partir dos seguintes descritores: ´Analgesia´ AND ´Sedação´ AND ´Dor´ AND Pediatria. Resultados: A escolha do fármaco depende de diversos fatores, como idade, patologia e disfunção orgânica. O midazolam, de ação rápida, é o preferido para sedação contínua, porém quando administrado rapidamente pode causar hipotensão, a sua tolerância pode ocorrer com o uso prolongado, exigindo aumento progressivo da dose, prolongando o suporte ventilatório. Já o lorazepam é empregado na retirada do midazolam e especialmente no tratamento de tolerância e abstinência. O propofol tem ação rápida e efeitos que desaparecem rapidamente ao ser suspenso, no entanto, seu uso prolongado pode levar à ´síndrome da infusão do propofol´. Em relação aos analgésicos opiáceos, a morfina e o fentanil, são usados em pacientes graves com ventilação mecânica. A morfina é comumente usada, mas pode causar hipotensão e acúmulo de metabólitos. O fentanil é mais potente e está associado à rápida tolerância e acumulação no tecido adiposo. Por fim, analgésicos não opiáceos e anti-inflamatórios, como o paracetamol e anti-inflamatórios, como ibuprofeno, são eficazes para a dor leve a moderada. Conclusão: Em resumo, a escolha entre esses fármacos depende da gravidade da dor, condições clínicas e perfil do paciente, necessitando de monitorização contínua, especialmente em crianças.