ANÁLISE COMPARATIVA DA EPIDEMIOLOGIA DA DENGUE CLÁSSICA PEDIÁTRICA NAS UF DO SUDESTE NOS ANOS DE 2008 A 2018

INTRODUÇÃO: Dengue é a arbovirose mais difundida no mundo, sendo, também, um problema de saúde pública pediátrica. No Brasil, há 4 tipos de vírus circulantes e a presença de novos sorotipos acarreta mudanças no cenário de transmissão, implicando em preocupantes mudanças na epidemiologia da doença com consecutivas epidemias. OBJETIVO: Descrever o quantitativo de internações por dengue na região Sudeste, na faixa etária pediátrica, comparando o número de casos por anos e estados. MÉTODO: Estudo transversal, descritivo, com abordagem quantitativa, realizado mediante análise de dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), sobre a variável de internação relacionadas à dengue no Sudeste brasileiro entre 2008 e 2018, na faixa etária de 0 a 19 anos. RESULTADOS: Entre 2008-2018 no Sudeste, foram processadas 48.537 internações entre menores de 1 a 19 anos causadas pela dengue. Dessas, 40,14% estão no estado do Rio de Janeiro (RJ), 23,99% em Minas Gerais, 20,06% no estado de São Paulo, 15,81% no Espírito Santo. Em relação aos anos, 2008 se destacou com 18,79% dos casos, enquanto, em 2018 houve com somente 1,82%. CONCLUSÃO: Os dados evidenciaram que o RJ é o estado com maior número de internações por dengue no período analisado. Além disso, em 2008, o Sudeste atingiu sua maior taxa de internação pela morbidade, 9.123 casos, nos quais o RJ correspondeu a 82,26%. Portanto, é de extrema importância o investimento público em políticas de prevenção da dengue, com enfoque nas regiões mais afetadas. Além disso, deve-se intensificar a notificação compulsória com objetivo de rastrear as internações por dengue na pediatria, por ser um grupo bastante acometido. A limitação do estudo está na subnotificação hospitalar e sujeição de retificação dos dados de janeiro de 2015 até março de 2016 pelo SIH.