ANÁLISE DA CONDIÇÃO DE PESO DE CRIANÇAS DE ESCOLAS DE ENSINO PÚBLICO MUNICIPAL

Introdução: O número de crianças obesas tem aumentado significativamente, inclusive em países em desenvolvimento, como o Brasil, onde anteriormente predominavam os problemas relacionados a desnutrição. Objetivos: Determinar a condição de peso de crianças do ensino público municipal de uma cidade do interior do estado de São Paulo. Métodos: Estudo observacional do tipo transversal, realizado no período de Junho/2017, em quatro escolas municipais selecionadas de forma aleatória. Através da determinação de peso e altura, calculou-se o índice de massa corporal (IMC) de 1115 alunos (dos quais 157 foram desconsiderados por dados incompletos) de idades entre 9 e 10 anos, sendo 461 meninos e 497 meninas. Classificou-se as crianças nutricionalmente pelas curvas de escore Z de acordo com o padrão da Organização Mundial de Saúde. Resultados: Dos meninos analisados 44,9 estão com excesso de peso, sendo 23,21 com sobrepeso, 15,18 obesos e 6,51 classificados como obeso grave. Dentre as meninas 43,26 com excesso de peso, sendo 24,75 com sobrepeso, 15,9 com obesidade e 2,62 apresentam obesidade grave. No outro extremo, 0,87 dos meninos e 1,2 das meninas estão abaixo do peso. Destes, 0,65 do sexo masculino estão na classificação magreza e 0,22 magreza acentuada, no sexo feminino são 0,8 e 0,4 respectivamente. Conclusão: Estes resultados foram muito próximos aos encontrados no Brasil numa publicação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2009, no qual 51,4 dos meninos apresentavam sobrepeso e obesidade e 43,8 das meninas. Pelo menos para este município houve aparentemente uma estabilização na incidência de novos casos de excesso de peso. No entanto, há quatro décadas, apenas cerca de 14 dos meninos tinham sobrepeso e obesidade e 10 das meninas. Esses dados estão sendo presentemente utilizados para formulação de uma política pública municipal de prevenção à obesidade infantil.