Introdução: Entre as patologias do sistema nervoso central, a epilepsia infantil é uma das condições mais frequentes a nível global. Ademais, devido a sua cronicidade, pode causar um grande impacto na qualidade de vida e elevados custos para o sistema público de saúde. Objetivo: Analisar o perfil de internações hospitalares por epilepsia em crianças da Região Sudeste no período de 2018 a 2022. Metodologia: Trata-se de um estudo ecológico transversal descritivo, realizado em janeiro de 2024, a partir da coleta de dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) disponibilizados no Banco de Dados do Sistema Único de Saúde (DATASUS), do período de 2018 a 2022. Para tanto, utilizou-se as variáveis: número de internações, faixa etária e sexo. Assim, os dados coletados foram organizados e sistematizados em planilhas do Microsoft Excel, sendo analisados através de estatística descritiva. Resultados: Registrou-se um total de 14.822 internações no período analisado (2018 a 2022). Desse total, as maiores ocorrências foram em 2019 (3.098), 2018 (3.068) e 2022 (2.971). Com relação ao perfil idade-sexo, 8.159 (55.05%) são do sexo masculino e 6.663 (44.95%) feminino, a faixa etária evidenciou 8.619 (58.15%) crianças no intervalo de 5 a 9 anos e 6.203 (41.85%) entre 10 a 14 anos. Comparando os Estados da Região Sudeste, 8.177 (55.17%) ocorreram em São Paulo, 3.821 (25.78%) em Minas Gerais, 1.845 (12.45%) no Rio de Janeiro e 979 (6.6%) no Espírito Santo. Conclusão: Observa-se que a faixa etária mais afetada são os meninos de 5 a 9 anos. Além disso, foi identificada uma maior prevalência de internações no Estado de São Paulo, seguido de Minas Gerais. O elevado número de internações destaca a urgência de implementar medidas políticas e sociais para aprimorar o tratamento da epilepsia, visto que as consequências dessa doença podem ser irreversíveis, incluindo o óbito do paciente.