Objetivo: Avaliar a diferença no neurodesenvolvimento a longo prazo em crianças expostas a cafeína comparada às expostas a placebo durante o manejo da apneia da prematuridade.
Metodologia: Trata-se de uma revisão sistemática, em que foram incluídos estudos observacionais que avaliaram o uso de cafeína comparado a placebo em recém-nascidos prematuros (idade gestacional inferior a 37 semanas). Critérios de inclusão: estudos observacionais que avaliaram o uso de cafeína comparado a placebo em RN prematuros (idade gestacional inferior a 37 semanas). Critérios de exclusão: coortes sem grupo controle, estudos que não avaliavam o neurodesenvolvimento, pacientes com anomalias congênitas, ausência de seguimento, com tratamento prévio com metilxantina. Bases de dados utilizadas: PubMed/Medline, Embase, Scopus, Scielo e ClinicalTrials. Avaliação do risco de viés: realizada pela ferramenta Newcastle-Ottawa Scale.
Resultados: Ao final da seleção, foram incluídos 5 artigos. Um estudo avaliou o desfecho aos 18-21 meses de idade, dois, aos 5 anos, e dois, aos 11 anos. Todos os estudos apresentaram diferença significativa positiva para as crianças expostas à cafeína quando comparado ao grupo placebo em alguns aspectos do neurodesenvolvimento nas idades avaliadas, especialmente na função motora avaliada pelas escalas Movement Assessment Battery for Children e Beery-Buktenica Developmental Test of Visual-Motor Integration.
Discussão: Os estudos avaliaram crianças em diferentes faixas etárias, de modo que precisaram usar diferentes escalas avaliativas. Em geral, foi possível sugerir que existe melhora nas escalas Movement Assessment Battery for Children e Beery-Buktenica Developmental Test of Visual-Motor Integration do neurodesenvolvimento entre as crianças expostas à cafeína quando comparado ao grupo placebo.
Sociedade de Pediatria de São Paulo
Filiada da Sociedade Brasileira de Pediatria
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