Introdução: As meningites são importantes do ponto de vista da saúde pública por sua magnitude e morbimortalidade. Em 2018, foram registrados mais de 15 mil casos no Brasil. Somente no município de São Paulo foram registrados 2.167 casos de etiologia viral e 360 casos de etiologia bacteriana.
Objetivo: Descrever os casos de meningites atendidos em um Hospital Pediátrico em São Paulo entre os anos de 2012 a 2018, suas características epidemiológicas, etiológicas, metodologia diagnóstica e evolução dos casos.
Metodologia : Foram utilizadas as Fichas de Notificação Compulsórias de meningites, registradas no Hospital pelo Núcleo Hospitalar de Epidemiologia. Coletado os dados e tabulados em planilha do Excel com posterior análise estatística.
Resultados: Foram analisadas as fichas de Notificação, sendo caracterizado como meningites infecciosas 378 casos. 274 casos deram-se em crianças abaixo de 4 anos. 89 dos casos de meningites bacterianas tiveram o agente identificado. O método diagnóstico das meningites bacterianas mais sensível foi o PCR: 38 casos positivos (77), enquanto a cultura do líquor foi positiva em 13 casos (20). 16 casos obtiveram PCR positivo no somente no líquor , 11 casos obtiveram PCR positivo somente no Soro e 11 casos obtiveram positividade em ambas as amostras de PCR. A letalidade foi de 2 – 8 casos (sendo 3 por pneumococo, 3 por H.influenzae, 2 por meningococo, 1 por etiologia viral e 2 casos por meningite não especificada).
Conclusão: Os casos de meningite foram em sua maioria virais, sem agente causador identificado. A identificação do agente bacteriano é realizada principalmente pela técnica de PCR. A cultura do líquor ainda é de grande valia para casos de meningites hospitalares. Deve-se investir nas técnicas de diagnóstico de meningites virais e trazê-las para a realidade dos Hospitais.
