Introdução: As fissuras palatina e labial, malformações congênitas, são originadas de falhas no desenvolvimento embrionário ou fetal, que resultam da deficiência ou ausência de fusão entre os tecidos, sendo associados a fatores socioeconômicos, hereditários e hábitos maternos durante a gestação. Os impactos das fissuras incluem consequências emocionais, desafios no aleitamento materno, problemas na comunicação e aceitação social. Objetivo: Apresentar a frequência das fendas palatina e labial em pacientes pediátricos. Método: Trata-se de uma pesquisa descritiva de abordagem quantitativa que obteve suas informações através do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) vinculado ao DATASUS, analisando as variáveis de internação, idade e região. Os presentes dados foram restritos àqueles relacionados a pacientes portadores de fendas palatina e labial, dentro do período de 2019 a 2023. Resultados: De acordo com o SIH, observou-se que ocorreram 5.742 casos de pacientes com fendas palatina e labial no Nordeste durante o período selecionado. Nesse viés, uma distinção de número de internações entre as faixas etárias infantis fica explícita ao observar que 1.723 (30%) foram em pacientes com até 1 ano de idade, 2.685 (46,76%) na faixa de 1 a 4, 744 (12,95%) de 5 a 9 e 590 (10,27%) aconteceram em pacientes com idade de 10 a 14 anos. Além disso, ao analisar a próxima variável, percebeu-se que o estado da Bahia apresentou maior prevalência, com 1.578 (27,48%) dos casos, em contraste com o estado de Sergipe, que demonstrou 200 casos (3,48%). Conclusão: Portanto, conclui-se que a parcela de crianças com faixas etárias de 10 a 14 anos têm menor incidência de internações quando comparadas com as de 1 a 4 anos. Além disso, destaca-se a discrepância entre os estados do Nordeste, principalmente com Pernambuco, tornando-se necessário mais estudos para avaliar a causa dessas disparidades.