O acidente com escorpião é um problema de saúde pública devido à elevada incidência em várias regiões do País. As crianças tornam-se grupo de risco pela imaturidade para compreender situações de perigo somada a curiosidade ao ambiente externo. Além disso, existe o risco de maior gravidade devido à baixa capacidade imunológica e maior absorção do veneno pelo coração e outros órgãos. Trata-se de um estudo descritivo, transversal com abordagem quantitativa, realizado a partir da análise dos dados enviados pela Vigilância da cidade de Fernandópolis através do ofício 0274/2022, cuja pesquisa contém informações colhidas pelo SINAN de acidente por animais peçonhentos. Analisamos apenas o número de casos de acidente com escorpião no período de janeiro de 2020 a janeiro de 2024, tendo enfoque a faixa etária de 0 até 13 anos, 11 meses e 29 dias. Neste período foram notificados 218 acidentes por escorpião, sendo o total de 2021 casos. Nesse intervalo de idade foram notificado 10,7% de crianças. Neste grupo acometido, 16,97% são menores de 1 ano, que apresenta risco de maior letalidade. Não há notificação de óbito neste período restrito. Ao analisar ocorrência por região (urbana/rural), denota-se que maior número de casos de acidente são na região urbana. Portanto, faz-se necessário um estímulo à pesquisa com objetivo de fornecer informação à população e profissionais da área de saúde quanto à frequência desses eventos como também medidas de prevenção: relacionadas ao combate de acúmulo de detritos e entulhos, principalmente aqueles que possam atrair baratas, maior presa do escorpião. Assim, podemos evitar acidentes preveníveis, diminuindo a morbidade e a mortalidade.