Introdução: O Método Canguru (MC) tem como pilares essenciais o contato pele a pele entre mãe e recém-nascido (RN), o aleitamento materno, o acolhimento ao RN e família, e o seguimento ambulatorial que contribuem para a redução da morbimortalidade neonatal.
Objetivo: Compreender acerca dos benefícios da utilização do método canguru em recém-nascidos, bem como reconhecer as dificuldades da sua implementação nos hospitais.
Método: Trata-se de uma revisão bibliográfica que utilizou como base de dados Scielo, COCHRANE e Biblioteca Virtual de Saúde. Foram selecionados 9 artigos nas línguas portuguesa e inglesa, entre os anos de 2016 e 2023.
Resultados: O MC teve início na década de 70 com o objetivo de proporcionar o cuidado ao RN com o menor custo. Essa prática ocorre pelo contato pele a pele entre o RN de bruços e a mãe. Os estudos revelaram a importância desse processo por permitir o maior vínculo materno e estabilidade do sistema cardiorrespiratório da criança. Em relação aos cuidados tradicionais, os bebês que tiveram o MC apresentaram melhor desenvolvimento em estatura, perímetro cefálico e ganho de peso, além de reduzir as taxas de infecção hospitalar e morbimortalidade, impactando positivamente a saúde pública. Porém, a falta de profissionais capacitados, a desorganização das instituições e escassez de recursos são fatores que limitam a abrangência dessa prática. Somado a isso, muitos gestores não priorizam esse método, impossibilitando um ambiente hospitalar adequado e profissionais aptos a fornecerem um cuidado em MC eficaz e humanizado.
Conclusão: As evidências dessa revisão bibliográfica corroboram a importância e os inúmeros benefícios do Método Canguru como alternativa ao cuidado tradicional de neonatos, principalmente em ambientes com recursos limitados. Entretanto, é necessária uma capacitação mais eficaz dos profissionais e reorganização de recursos financeiros hospitalares, para que haja implementação responsável dessa estratégia humanizada e promissora da sociedade moderna.