Introdução: A dor neonatal continua sendo subdiagnosticada e pouco tratada, a despeito de todo conhecimento acerca do assunto, em todos os níveis de atenção. As práticas profissionais têm alicerce neste conhecimento e nas atitudes da equipe de profissionais. As estratégias não farmacológicas são seguras e eficazes, sendo opção para o manejo da dor neonatal. Objetivo: Identificar o constructo que reflete o manejo da dor neonatal em profissionais de saúde de um alojamento conjunto, e identificar qual estratégia não farmacológica é de maior relevância. Método: Estudo transversal e observacional, com coleta dos dados de outubro de 2022 a janeiro de 2023, no alojamento conjunto de uma maternidade pública do estado de São Paulo. Os profissionais de saúde responderam a um questionário do REDCap, com perguntas sobre conhecimento da dor e estratégias não farmacológicas para seu manejo, em escala Likert de cinco pontos. Foi realizada análise fatorial com rotação dos fatores pelo método Varimax. Este estudo foi aprovado por Comitê de Ética em Pesquisa e os profissionais assinaram termo de consentimento livre e esclarecido. Resultados: Foram incluídos 47 profissionais de saúde, com mediana de idade de 37 anos (IIQ 30.5-42.5), sendo 97,8% do gênero feminino, 17% enfermeiros, 59,6% técnicos e auxiliares de enfermagem e 23,4% pediatras. Três fatores foram identificados e nomeados Conhecimento e impacto da dor neonatal nos pais, Benefícios do tratamento da dor, Intervenções não farmacológicas. O alfa de Cronbach foi 0.78 e o modelo explicou 66,6% da variância observada. A amamentação fez parte do primeiro fator, sendo a mais relevante das estratégias. Conclusão: O constructo foi formado pelo conhecimento e impacto da dor para os pais, benefícios do tratamento e estratégias não farmacológicas. A amamentação foi a estratégia de maior relevância, devendo fazer parte do manejo da dor.