REPERCUSSÕES CAUSADAS PELO USO CONSTANTE DE CELULARES EM ESTUDANTES DE UM MUNICÍPIO DA REGIÃO METROPOLITANA DA BAIXADA SANTISTA

INTRODUÇÃO: Atualmente, o celular tem sido utilizado de uma maneira viciosa com potencial malefício para a saúde, sendo associado com o aumento da prevalência de dores no pescoço e a um comprometimento na capacidade de execução das atividades diárias.
OBJETIVO: verificar a associação do uso constante de celular com dores na coluna e com o prejuízo no desempenho das atividades diárias entre estudantes de um município da Baixada Santista.
MÉTODO: Um estudo transversal com coleta de dados realizados em 2021, com uma amostra de 1608 alunos entre Ensino médio e Universidade. O procedimento utilizado foi uma coleta de dados obtida através de questionários com dados demográficos e socioeconômicos. Posteriormente pelo questionário SPAI-BR (O instrumento Smartphone Addiction Inventory), o questionário Neck Disability Index e um questionário complementar englobando o tempo de tela usando quaisquer aplicativos. Foi realizado, também, o questionário Young Spine Questionnaire (YSQ) e efetuadas as medidas antropométricas para o cálculo do IMC/Idade e mensurada a anteriorização da cabeça direita ou esquerda em relação ao processo espinhoso da sétima cervical (C7).
RESULTADOS: A média de idade foi de 18,02 anos. A prevalência de dependência do uso do celular foi de 63.5%, sendo a maioria com idade menor do que os não dependentes. Entre os dependentes há uma maior prevalência de dores no meio das costas, pescoço e na região lombar. Quem tem dependência tem maior chance de dor no pescoço, dor no meio das costas, dor lombar, relatos de problemas de coluna, incapacidade de habilidades e obesidade. Dor no pescoço, problema de coluna e obesidade são fatores de risco conjuntamente significativos na dependência do celular.
CONCLUSÃO: Os resultados mostram que os celulares estão se tornando cada vez mais indispensáveis no dia a dia das pessoas, e que deve ser dada atenção para o seu uso de maneira viciosa.