REPERCUSSÕES NO PERÍODO NEONATAL APÓS A VACINAÇÃO CONTRA O VÍRUS INFLUENZA DURANTE A GESTAÇÃO

Estudos levantam a hipótese que a vacina contra o vírus Influenza durante a gestação pode causar nos recém nascidos um aumento ou diminuição no número de pré-termos e recém nascidos pequenos para idade gestacional
Objetivo: Avaliar se o numero de recém-nascidos pré-termos ou pequenos para a idade gestacional se relaciona com a vacinação contra o vírus Influenza durante a gestação.
Método: É um estudo transversal realizado no período de fevereiro de 2017 a Janeiro de 2019 quando foram colhidas informações através de questionários sobre a gestação e parto respondidos pelas mães que comparecerem nas primeiras consultas de puericultura de seu recém nascido em dez Unidades Básicas de Saúde. Foram colhidas informações através da carteira de saúde e da vacinação da gestante e do cartão do berçário contendo dados do parto. Para verificar fatores associados à ocorrência de prematuridade ou com baixo peso de nascimento de acordo com a idade gestacional dos recém-nascidos foi realizado regressão logística, considerando intervalo de confiança de 95.
Resultados: Ao todo 515 puérperas participaram do estudo. A vacinação contra o vírus influenza durante a gestação não se associou com a prematuridade e com o baixo peso ao nascer. Mulheres negras tiveram menor chance de ter filho prematuro, com proteção de cerca de 70 quando comparado com mulheres brancas. A ocorrência de resfriado no primeiro trimestre gestacional, aumentou em cerca de 17 vezes a chance de prematuridade quando comparado à ocorrência de resfriado no segundo ou terceiro trimestre. Em análise múltipla, ter tido resfriado no primeiro trimestre manteve-se associado à prematuridade, mesmo em modelo controlado para renda, adesão à vacinação contra influenza e peso de nascimento do RN.
Conclusão: A vacinação contra o vírus Influenza durante a gestação não se relacionou com o peso ao nascer e com a Idade gestacional.