SÍNDROME MÃO-PÉ-BOCA (MPB) A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO RÁPIDO: RELATO CASO

A Síndrome mão-pé-boca (MPB) ou Doença mão-pé-boca, é uma afecção infecto-contagiosa, sendo o vírus Coxsackie o patógeno principal. Cursa com febre, lesões vesiculares em mucosa oral e língua, erupções pápulo-vesiculares em mãos e pés, transmissão fecal-oral, oral-oral ou respiratória, em sua maioria acomete faixa etária abaixo de 5 anos, durando cerca de 7 dias de evolução.
Paciente TFTP, 2 anos e 3 meses, sexo masculino, com aparecimento de lesões em pele pruriginosas há cerca de 5 dias, evoluindo com febre aferida diariamente, hiporexia e dor em lesões. Estava aceitando menos a dieta oferecida. Havia passado em consulta médica, com síndrome MPB e em uso de Fexofenadina e Nistatina100.000UI/ml, sem melhora.
Ao exame físico, regular estado geral, com erupções pápulo-vesiculares, por vezes confluentes, disseminadas por todo o corpo, em grande quantidade, incluindo região palmar e plantar, joelhos, além de genitália e região perioral, sem pus. Exames laboratoriais: PCR: 2,3,Hb 12,5/ Ht 37,6/ L 15700/ N30,4/ B 0/ S 30/ E 1,9/ B 0/ P 471000.
Devido a extensão e características das lesões, além de MPB, foram aventados diagnósticos diferenciais de estomatite e Necrólise epidérmica tóxica, foi optado por internação, com prescrição de Hidrocortisona 5mg/kg 12/12 horas, Cloridrato de Hidroxizina 0,5mg/kg de 8/8 horas, HVM, e avaliação da infectologista de plantão do hospital. Após avaliação da infectologista, o diagnóstico principal ficou como Síndrome mão-pé-boca extensa, sendo orientado manter uso de Hidrocortisona.Paciente ficou internado durante 6 dias, teve evolução satisfatória do quadro, com boa cicatrização das lesões, mantendo-se afebril e recebeu alta para finalizar tratamento em casa.
Assim como orienta a literatura, foram feitos diagnósticos diferenciais com apoio da infectologista do hospital e chegado à conclusão de Síndrome mão-pé-boca extensa, sem demais achados de gravidade.