Introdução: A Asma é uma doença inflamatória crônica, caracterizada pela hiper-reatividade brônquica, associada a edema de mucosa, hipersecreção de muco e remodulamento das via aéreas, sendo definida pela história de sintomas respiratórios, como sibilos, tosse, opressão torácica, dispneia e limitação variável ao fluxo aéreo. Porém, abordar o problema da asma se dificulta pela baixa detecção e adesão ao tratamento.
Relato de caso: Paciente de 14 anos, feminino, da entrada em ambulatório para retorno de consulta para acompanhamento da asma. Refere crises de broncoespasmo noturno (´chiado no peito´), que interrompiam seu sono. Referiu também maior cansaço e crises de tosse durante atividade física costumeira. Ao exame de aparelho respiratório, FR 20 ipm. Inspeção, estática e dinâmica não apresentaram alterações. Ausculta revelou murmúrio vesicular presente bilateralmente com sibilos esparsos. Manteve o uso de formoterol, associado a budesonida, durante os 3 meses da primeira visita, relatando a necessidade do uso da medicação de resgate, previamente imposta, formoterol nas últimas duas semanas. Durante o período entre consultas realizou exame de Prova de Função Pulmonar (FPF) que revelou distúrbio obstrutivo leve.
Discussão:A paciente do grupo de asma não controlada, devido a sintomas diurnos, despertar noturno, limitação de atividade física e a necessidade do uso da medicação de resgate. Foi então proposto um plano terapêutico, que consistia na associação Cl + LABA, sem distinção da estratégia (fixa ou variável), neste caso administrando média dose desta interação, além de baixa dose Cl/formoterol para alívio dos sintomas.
Conclusão: Pacientes com asma devem ter um plano de ação por escrito, importante para auxiliar o paciente a reconhecer e ajustar o tratamento precocemente na piora do controle. Deve-se orientar o paciente em relação ao monitoramento dos sintomas, tal qual o reconhecimento precoce da exacerbação para tratamento domiciliar das crises. Visando uma melhor qualidade de vida ao paciente