INTRODUÇÃO
O Traumatismo Cranioencefálico (TCE) apresenta elevada morbidade e mortalidade na população infantil, devido ao comprometimento cerebral que afeta o desenvolvimento do paciente. Diante das principais causas do TCE pediátrico estão: acidentes domésticos, quedas da própria altura, acidentes automobilísticos, esportes e violência.
CASO CLÍNICO
G. Q. C. P., 7 meses, masculino, foi trazido à emergência devido à queda da cama. Mãe relata que após o trauma, seu filho estava agitado, porém conseguiu dar banho e alimentá-lo. Além disso, refere que ao dormir apresentou abalos de membros, choro e corpo flácido duas horas após o acidente. Ao exame físico, o paciente estava sonolento, reativo, choroso, com abertura ocular ao estímulo verbal e movimentação dos membros ao estímulo tátil. Aparentou hematoma subgaleal pequeno em região parietal esquerda com desvio de comissura labial esquerda, sem evidência de outras lesões e outras alterações clínicas. Realizada Tomografia Computadorizada de crânio evidenciou-se um hematoma peridural extenso em região parietal esquerda com efeito de massa e importante desvio de linha média, sendo solicitada a internação em UTI pediátrica e acionada a neurocirurgia. Foi efetuada a drenagem do hematoma peridural e após o procedimento o paciente permaneceu em observação intensiva em uso de Rocefin, Metronidazol e Oxacilina por 10 dias, evoluindo com melhora.
DISCUSSÃO:
Segundo a classificação do TCE pela SOPERJ, o caso se enquadra em TCE leve, pois o paciente se manteve com escala de Glasgow 13-15 e apesar da ausência de sinais de gravidade, ao exame havia alterações clínicas que sugeriam lesão, confirmados por Tomografia Computadorizada. Ademais, destaca-se o bom prognóstico do paciente, influenciado pela idade e pelo período até a cirurgia descompressiva.
CONCLUSÃO:
Conclui-se que a identificação e o atendimento precoce à vítima de TCE é essencial para tratar as demandas do paciente e evitar o aparecimento de futuras lesões, contribuindo para um melhor prognóstico.
