UTILIZAÇÃO DE TESTES E TAREFAS DE ATENÇÃO EM CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO COM HIPERATIVIDADE: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

Introdução: O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é uma síndrome de transtorno hipercinético caracterizado por início precoce, falta de perseverança nas atividades que exigem envolvimento cognitivo e tendência a passar de uma tarefa a outra sem finalizá-las. A atividade global é desorganizada, incoordenada e excessiva. Os testes de atenção com tempo de reação são direcionados para a análise desses parâmetros, possibilitando a identificação e auxiliando no diagnóstico desse transtorno. Embora exista vasta literatura sobre o TDAH, ainda há pouca conclusão sobre critérios diagnósticos. Objetivo: Analisar, mediante revisão sistemática da literatura, quais tarefas/testes de atenção foram mais utilizados e quais metodologias foram mais prevalentes nesses estudos. Métodos: Buscas na literatura através da base de dados PUBMED, no período entre março e maio 2018. Utilizou-se como descritores adhd and “attention task” e adhd and “attention test”. Critérios de inclusão: artigos publicados nos últimos 10 anos, que usaram tarefas/testes de atenção com tempo de reação em crianças de até 13 anos previamente diagnosticadas com TDAH. Critérios de exclusão: artigos com modelo animal, que avaliaram pacientes maiores de 13 anos, publicados há mais de 10 anos, metanálises, outras revisões sobre TDAH, estudos que não avaliaram o TDAH mediante testes/tarefas de atenção baseados em tempo de reação. Resultados: Foram encontrados 116 artigos, 22 foram selecionados obedecendo a todos critérios de inclusão e exclusão. Desses, 59 utilizaram testes/tarefas de atenção visual, aproximadamente 32 utilizaram tanto testes/tarefas visuais como auditivos e 9 usaram apenas testes/tarefas de atenção auditiva, 13 eram estudos experimentais comparativos, 7 eram ensaios clínicos e 2 eram longitudinais. Conclusão: Com relação a avaliação de crianças com TDAH, tarefas de atenção, especialmente aquelas computadorizadas, são mais frequentes em estudos experimentais do que em ensaios clínicos, demonstrando que outras escalas de avaliação e os critérios do DSM ainda são mais utilizados em âmbito clínico.