NTRODUÇÃO
O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) possui diagnóstico essencialmente clínico e associa-se com prejuízos na interação social do paciente. A musicoterapia é tratamento que possibilita desenvolvimento motor e lingüístico.
OBJETIVOS
Revisar a literatura sobre a utilização da musicoterapia no tratamento de pacientes portadores de TEA, principalmente no âmbito pediátrico.
MÉTODOS
Revisão bibliográfica realizada nas bases de dados SciELO, PubMed e BVS, entre 2015 a 2018, utilizando as palavras-chave: musicoterapia, transtornos do espectro autista.
RESULTADOS
O TEA é uma condição muito prevalente e possui uma apresentação heterogênea no que diz respeito à etiologia, manifestação clínica e conectividade cerebral. Quanto ao tratamento, há pouco consenso sobre quais abordagens apresentam melhor efetividade. Neste contexto pesquisas clínicas demonstram resultados eficazes com a utilização da música como terapia
devido à sua capacidade de promover alteração na atividade funcional do cérebro. Os principais resultados abordados mostraram ganhos de comunicação funcional, visualizados por meio de alterações no relacionamento social, ruptura do isolamento, melhora da comunicação verbal e não verbal, lazer, autocuidado e uma melhor relação entre pais e filhos. Entretanto, notou-se também, que em determinados casos, crianças manifestaram incômodo com os sons emitidos, mostrando que os profissionais devem buscar o conhecimento sobre as especificidades musicais e uma margem de segurança ao aplicar esse método. Os autores também afirmam que há carência de estudos voltados para esta área, e que estes possibilitariam maior fundamentação no uso dessa ferramenta terapêutica.
CONCLUSÃO
A musicoterapia é um tratamento ainda pouco empregado no transtorno do espectro autista, embora muitos estudos já tenham demonstrado sua eficácia. Para uma utilização mais abrangente e segura, mais pesquisas se mostram necessárias.