VACINAÇÃO ANTI-SARS-COV-2 EM GRÁVIDAS E A TRANSFERÊNCIA TRANSPLACENTÁRIA DE IGG: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

INTRODUÇÃO
As gestantes foram consideradas suscetíveis ao Sars-Cov-2 durante o período pandêmico. Essas tiveram mais acesso às vacinas desde o início das campanhas de vacinação. Porém várias questões surgiram, especialmente sobre a transferência de anticorpos maternos para os recém-nascidos.
MÉTODO
Trata-se de uma revisão sistemática sem meta-análise construída com auxílio da estratégia PICO de acordo com os itens do PRISMA para julgamento cego e escolha dos artigos usando a plataforma da Embase e PubMed.
OBJETIVO
Reforçar a importância da vacinação de gestantes, esclarecer questões envolvendo fatores FcRn e FcG3A envolvidos na ação da transferência transplacentária destacando relevância para a imunização do neonato e entender o melhor período de vacinação de gestantes almenjando maior concentração de IgG de acordo com a dose.
RESULTADO
Foram encontrados 215 artigos a partir dos descritores, sendo incluídos no estudo apenas 15.
Na triagem de dados analisadas, as vacinas usadas foram CoronaVac sem grandes repercussões de efeitos adversos à mãe e ao neonato. A vacina Moderna detectou mais anticorpos ativadores de células do sistema imune quando comparado com a administração da vacina Pfizer, sendo portanto, mais eficaz na prevenção de infecções pelo Sars-Cov-2 sendo opção segura para a gestação e proteção fetal.
Nesta revisão, houve variabilidade no cronograma das 1ª e 2ª doses das vacinas, o que foi determinante para o efeito de transferência placentária.
CONCLUSÃO
A principal evidência encontrada relaciona-se ao aumento na concentração de anticorpos neutralizantes pela transferência transplacentária produzida pela vacina obtendo capacidade protetora ao neonato. O FcRn e FcG3A são de grande importância para a transferência de anticorpos via placenta podendo contribuir para as elevações dos subtipos de IgG demonstrado pelas vacinas Pfizer e Moderna com o subtipo IgG1 para maior eficiência e especificidade da resposta imune adaptativa, além de avaliar o melhor período de administração entre 32-36 semanas de gestação.