Pneumonia: sinais e tratamento

Pneumonia: sinais e tratamento

A pneumonia na infância tem suas peculiaridades, pois cada faixa etária tem predomínios de vírus e bactérias diferentes, isso também ocorre nos adultos e idosos. O que determina a gravidade do quadro é: o agente causador, a extensão da lesão pulmonar, a idade (por exemplo, crianças menores de dois anos têm maior risco) e a presença ou não de doença crônica.

Na maioria dos casos, a pneumonia pode causar sintomas como febre (temperatura axilar superior a 37,8°C), queda do estado geral (a criança fica mais quieta, “amuada”), perda do apetite, tosse (seca ou com secreção) e falta de ar. Existem alguns casos em que a pneumonia não vem acompanhada de febre. As crianças menores de dois anos, aquelas que possuem alguma imunodeficiência, fazem uso contínuo de corticoides ou são portadoras de doenças crônicas como asma, diabetes, cardiopatas e insuficiência renal são as que podem evoluir para os casos mais graves de pneumonias. 

A pneumonia pode ser causada por vírus, bactérias e fungos (se a criança for imunossuprimida ou tiver alguma doença crônica). O tratamento da pneumonia vai depender do agente causador, por exemplo, se for causada por bactéria o tratamento consiste no uso de antibióticos. O estado geral, a necessidade de oxigênio, a idade da criança, a extensão da lesão pulmonar e a presença de doença crônica vão indicar ou não a necessidade de internação.

O pulmão da criança está em contínuo crescimento e desenvolvimento desde o período fetal até aproximadamente 7 a 9 anos de vida, esse fato reduz o risco de sequelas e cicatrizes pulmonares após uma pneumonia.

Manter os ambientes ventilados com as janelas abertas, o uso de máscara, o distanciamento social, a lavagem das mãos e o uso de álcool gel são algumas medidas que reduzem o número das infecções respiratórias que levam à pneumonia. É primordial a vacinação para evitar as infecções, por isso é necessário checar o calendário vacinal periodicamente, deixando-o completo de acordo com cada idade. 

Vacinas para influenza (gripe), coqueluche (Pertussis), pneumocócica, covid-19, Haemophilus influenzae tipo b (Hib) e, até mesmo, a BCG (vacina para tuberculose) reduzem o risco de pneumonia por esses agentes.

 

Relatora:
Karina Pierantozzi Vergani
Departamento de Pneumologia Pediátrica da Sociedade de Pediatria de São Paulo

 

Foto: hay dmitriy | depositphotos.com