Prurido do traje de banho ou piolho-do-mar. Já ouviu falar?

Prurido do traje de banho ou piolho-do-mar. Já ouviu falar?

Você já ouviu falar em prurido do traje de banho ou piolho-do-mar?

Pois é! Na volta desse feriado de 15 de novembro notamos um aumento da procura de consultas no pronto-socorro e nos consultórios, por crianças que voltaram da praia e que começaram com manchas vermelhas em todo o corpo, com coceira intensa, após terem entrado na água do mar. Essas manchas aparecem no tórax, braços, pernas, glúteos e se parecem muito com picadas de inseto ou “alergia”. Isso é causado por minúsculas larvas (menores que um grão de pimenta moída) que vão virar água-viva. Quando elas entram em contato com o corpo e ficam presas nas axilas, no biquíni, na sunga ou maiô, liberam substâncias (toxinas) que causam essas manchas na pele, geralmente após 24 horas do banho de mar. Na grande maioria das vezes, os sintomas ficam restritos à pele, mas podem ocorrer febre, náuseas e calafrios. O tratamento é à base de antialérgico e medidas para aliviar a coceira. A duração dos sintomas pode ser de até duas semanas.

Para evitar esse desconforto, a maneira mais segura é ficar fora da água. Mas, como sabemos que isso não é tarefa nada fácil com as crianças, ao sair da água não secar com toalha, porque isso pode ativar os ferrões das larvas, lavar bem o corpo e as roupas de banho com água corrente.

Se identificar algo parecido, procure o seu pediatra para maiores esclarecimentos!

 

Relatora:

Milena de Paulis

Membro do Departamento Científico de Emergências da Sociedade de Pediatria de São Paulo