Combate à dengue: protegendo nossas crianças e a comunidade

Combate à dengue: protegendo nossas crianças e a comunidade

No Dia Nacional de Combate à Dengue, celebrado no penúltimo sábado do mês de novembro – dia 22 neste ano –, a Sociedade de Pediatria de São Paulo reforça a importância da vigilância e da ação conjunta de toda a população contra essa doença que, infelizmente, continua a ser um grave problema de saúde pública em nosso país.

A dengue é uma infecção viral séria, transmitida pela picada de um mosquito, que pode afetar qualquer pessoa, mas exige atenção redobrada quando se trata de crianças, que são mais vulneráveis e podem apresentar quadros mais graves.

A transmissão da dengue ocorre exclusivamente pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti, que se reproduz em locais com água parada. Com o clima tropical do Brasil, e especialmente em grandes centros urbanos de um Estado populoso como São Paulo, a proliferação do mosquito é facilitada, tornando a prevenção uma tarefa contínua.

Nossas crianças, com seu sistema imunológico em desenvolvimento e muitas vezes com dificuldade para expressar o que sentem, estão em maior risco e precisam da nossa proteção constante.

Os sintomas da dengue em crianças podem ser variados e, por vezes, confundidos com outras doenças comuns da infância. Deve-se ficar atento a febre alta repentina, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, manchas vermelhas na pele, cansaço extremo, náuseas, vômitos e dor abdominal.

É crucial procurar atendimento médico imediatamente se a criança apresentar sinais de alarme, como dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, sangramentos (nariz, gengiva), sonolência excessiva ou irritabilidade. A rapidez no diagnóstico e tratamento pode salvar vidas.

A melhor forma de combater a dengue é através da prevenção, eliminando os focos do mosquito. Dedique alguns minutos do seu dia para verificar e eliminar qualquer recipiente que possa acumular água: vasos de plantas, pneus, garrafas, calhas entupidas, caixas d’água destampadas.

Outras medidas importantes: usar repelentes adequados para a idade da criança, instalar telas em janelas e portas e vestir roupas que cubram braços e pernas, especialmente nos horários de maior atividade do mosquito (manhã e fim de tarde).

A participação de cada família e de toda a comunidade é fundamental. Em algumas cidades há a disponibilidade gratuita da vacinação para adolescentes de 10 a 14 anos, mas aqueles de 4 a 60 anos que não estiverem contemplados por gratuidade podem procurar a prevenção pela vacinação em serviços privados também.

Juntos, podemos construir um ambiente mais seguro e saudável para todos. A luta contra a dengue é um compromisso coletivo que exige informação, conscientização e atitude. Sua ação hoje, por menor que pareça, é um passo gigante na proteção da vida e na construção de um futuro livre dessa doença. Vamos juntos nessa batalha!

 

Relatora:

Melissa Palmieri
Secretária do Departamento Científico de Imunizações da SPSP
Membro do Departamento Científico de Infectologia da SPSP