Introdução: A obesidade é uma doença crônica decorrente do excesso de tecido adiposo, que pode ser desencadeada por fatores genéticos, endócrinos, metabólicos ou nutricionais, podendo gerar outras patologias, como doenças cardiovasculares, hipercolesterolemia e diabetes mellitus tipo 2. Dessa forma, tal doença se torna ainda mais preocupante quando acomete crianças, impactando negativamente a infância e vida adulta.
Objetivo: Mensurar a tendência à obesidade em crianças e seu prejuízo para a saúde infantil.
Método: Estudo quantitativo que analisou a projeção da obesidade infantil na América do Sul, Norte e Central para daqui a 15 anos, avaliando a quantidade de crianças obesas, diferenciando entre o sexo, em 2020 e a propensão para 2035. A fonte dos dados apresentados foi o Atlas Mundial da Obesidade em 2023, um documento público da Federação Mundial de Obesidade.
Resultados: Foi perceptível a tendência de aumento da obesidade na infância no decorrer de 15 anos nas Américas. A proporção de crianças acima do peso em 2020 era de 20% para meninos e 16% para meninas. Já em 2035, a tendência é que, em ambos os sexos, essa proporção aumente, em 13% para os meninos e 10% para as meninas, totalizando 62 milhões de crianças obesas nas Américas. No Brasil a projeção segue negativa, sendo que entre 2019 a 2021 a obesidade cresceu 6,08% nessa faixa etária, conforme o estudo Observatório de Saúde na Infância da Fiocruz. Diante disso, o futuro é preocupante, uma vez que a obesidade afeta diversos aspectos da vida infantil, sejam físicos, como a apneia do sono e resistência insulínica, ou psicossociais, como baixa autoestima e insatisfação corporal.
Conclusão: Sendo assim, a obesidade infantil é um problema crescente com tendência a apresentar índices cada vez mais elevados nos próximos anos. Portanto, considera-se de extrema importância a adoção de métodos de prevenção.