Introduc807,a771,o: A alimentação infantil, precocemente, tem se tornado pobre em nutrientes e rica em calorias, como consequência à alta ingestão de produtos ultraprocessados. Tais alimentos contêm muitos edulcorantes e realçantes de sabor, gerando produtos altamente apetitosos e apreciados pelas crianças. Com alto teor de açúcares, gorduras e sódio, mas baixo em fibras e proteínas,tornam-se alimentos com valor nutricional pobre, onde seu consumo excessivo pode levar ao desenvolvimento de doenças crônicas, como a obesidade e a diabetes, além de processos alérgicos, no caso de crianças menores de 2 anos. Objetivo: Examinar a incidência do consumo de alimentos ultraprocessados entre as crianças da região Sudeste. Método: Estudo quantitativo e retrospectivo que analisou os dados referentes à quantidade de crianças, entre 5 a 9 anos, que consumiam alimentos ultraprocessados na região Sudeste do Brasil. Realizada uma busca nos relatórios do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) do Ministério da Saúde, selecionando o relatório de consumo alimentar referente ao ano de 2023. Resultados: Das 287.771 crianças acompanhadas no relatório nutricional do Sudeste, 248.526 consomem alimentos ultraprocessados, correspondendo a 86% do total avaliado. Entre os 4 estados da região, o que apresenta maior porcentagem de consumo na infância é o Rio de Janeiro (RJ) com 92%, seguido de São Paulo (SP) com 88%, Minas Gerais (MG) com 86% e Espírito Santo (ES) com 83%.Mesmo com uma amostra relativamente pequena quando comparada a Minas Gerais, com 218.087 crianças, o Rio de Janeiro possui a maior incidência de alimentação de risco com o menor número de crianças acompanhadas da região. Conclusão: Portanto, é evidente que a ingestão de alimentos ultraprocessados é prejudicial ao desenvolvimento infantil, contudo, seu consumo é muito incidente entre as crianças do Sudeste, as quais, com essa alimentação, possuem um risco alto de desenvolver doenças futuras.