ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DOS VÍRUS RESPIRATÓRIOS EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES INTERNADOS EM UM HOSPITAL VINCULADO AO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE

INTRODUÇÃO: As infecções respiratórias agudas são responsáveis pelo elevado índice de atendimento médico pediátrico, ambulatorial e hospitalar no mundo. Esse cenário implica em um impacto significativo nos custos diretos e indiretos, no sistema de saúde público, privado e para as famílias. OBJETIVO: Analisar a prevalência dos principais vírus respiratórios, em crianças e adolescentes, internados em um hospital do Sistema Único de Saúde. MÉTODO: Trata-se de estudo descritivo, retrospectivo, realizado numa capital do Nordeste do Brasil, aprovado CEP, registrado com CAAE: 699699923900005013. Os dados foram coletados entre janeiro e novembro de 2023, consistiram em 230 prontuários de crianças e adolescentes, internados no Hospital da Criança, em decorrência de sintomas respiratórios. Esses pacientes foram submetidos a testes rotineiros, para detecção dos principais vírus respiratórios: Vírus Sincicial Respiratório (VSR), Influenza A e B, adenovírus (AdV), metapneumovírus (hMPV) e SARS-CoV-2 (Covid-19). RESULTADOS: A distribuição por sexo revelou diferença estatisticamente, sendo 39% (89) em meninas e 61% (141) em meninos. Na amostra, aproximadamente 31% (71) dos testes resultaram negativos, enquanto 41% (95) foram inconclusivos. Entre os casos testes virais 64 (27,8%) foram positivos para os vírus analisados, o SARS-CoV-2 foi o mais prevalente 47% (30) dos casos, seguido pelo Rinovírus 22% (14), pelo VSR 11% (7), hMPV 6% (3,8), AdV e Influenza A 5% (3,2) e Influenza B 4% (2,56). Dos casos de infecção respiratória viral confirmados, 20,3% (13) necessitaram de assistência na Unidade de Terapia Intensiva, entre esses, 69,2% (9) positivos para COVID-19. Outro desfecho negativo, óbitos, 7,8 % do total amostral (5 casos), destes 60% (3) com positividade para COVID-20% (1) para VSR e 20% (1) negativo. CONCLUSÃO: Compreender o perfil dos patógenos responsáveis pelo adoecimento e pela gravidade, nesse grupo, é de extrema importância para a formulação de estratégias terapêuticas e preventivas, proporcionando respostas mais eficazes diante de possíveis quadros respiratórios.
REFERÊNCIAS: