ASPECTOS GERAIS DA HESITAÇÃO VACINAL E DO MOVIMENTO CONTRA A VACINAÇÃO NO BRASI

INTRODUÇÃO

O Brasil acompanha um dos maiores movimentos contra a vacinação, que traz como consequências: epidemias de doenças imunopreveníveis e a ameaça de reintrodução dessas em regiões nas quais já foram eliminadas.

OBJETIVOS

Descrever os aspectos gerais da hesitação vacinal e do movimento contra a vacinação no Brasil.

MÉTODOS

Revisão bibliográfica realizada nas bases de dados SciELO, PubMed e livro-texto, entre 2013 a 2018, utilizando as palavras-chave: recusa de vacinação, movimento contra vacinação.

RESULTADOS

Desde 1990, as coberturas vacinais brasileiras são elevadas. Contribuíram para esse sucesso o aprimoramento do Programa Nacional de Imunizações (PNI) e avanços em pesquisa, desenvolvimento e produção de imunobiológicos no país. Porém, esse cenário se modificou, exemplificado pelo aumento do número de casos de sarampo no Ceará e Pernambuco, bem como o retorno dessas doenças em Roraima e Amazonas, diminuindo as coberturas vacinais de forma geral. Como

causa de tal modificação, tem sido apontada a hesitação vacinal. Estudos distinguiram grupos de cuidadores que vacinam seus filhos (vacinadores), vacinadores seletivos e não vacinadores. Esses estudos mostram que a decisão de vacinar é influenciada por aspectos socioculturais, como exemplo, os pais não vacinadores são motivados pela: baixa percepção do risco da doença, medo de eventos adversos pós-vacina, questionamentos sobre sua eficácia e formulação e sobre o interesse financeiro da indústria farmacêutica e opção variada de proteção da saúde. A literatura aponta que o sentimento de pena da criança pelo recebimento das injeções também é motivo de atraso na vacinação. Além disso, é evidenciado que os riscos associados à vacinação não justificam sua interrupção e o risco associado à não vacinação é crescente. Portanto, autores ressaltam a importância da informação e papel dos profissionais da saúde.

CONCLUSÃO

Movimentos contra a vacinação estão se fortalecendo, sendo imprescindível que gestores, pesquisadores e população se mobilizem para proteger o PNI.