Introdução: a dor pediátrica, constantemente negligenciada nos serviços de saúde, deve ser avaliada de forma holística e longitudinal. Sendo assim, com o intuito de valorizar os sentimentos na criança e a forma como a dor impacta na sua vida, novas estratégias devem ser criadas para que esse desconforto seja avaliado de maneira eficaz, valorizando o indivíduo como único, subjetivo e complexo.
Objetivo: o objetivo deste trabalho é desenvolver o projeto piloto de um aplicativo que tem como funcionalidade principal a avaliação longitudinal e autorrelatada da dor em crianças através de um diário eletrônico.
Metodologia: após aprovação do comitê de ética, foi elaborado um aplicativo móvel chamado APDor (Agenda Pediátrica da Dor) que tem como funcionalidade principal ser um diário eletrônico da dor: o paciente insere informações diárias e os profissionais de saúde têm acesso a essas informações. Para validar as informações, crianças de 8 a 12 anos foram convidadas a participar da pesquisa: usaram o aplicativo no momento da consulta, assim como também fizeram seus relatos em folha de papel física, como é de costume. Os dados foram correlacionados, para entender a validade das informações submetidas no APDor.
Resultados e discussão: 2 crianças do sexo masculino participaram desta fase, com idades entre 8 a 11 anos. Os pesquisadores explicaram sobre o diário de dor convencional e sobre o APDor. As crianças realizaram os relatos nos dois meios e, após, os pesquisadores compararam os resultados os quais demonstraram similaridade. As crianças manifestaram interesse pelo o APDor visto seu formato digital, acesso em seus próprios celulares e uso pessoal, também o acharam de fácil compreensão e usabilidade.
Conclusão: dada a importância e aceitação da proposta do APDor, os próximos passos serão convidar mais crianças para participar do estudo piloto, assim como, posteriormente, realizar a validação com um maior número de participantes.