Introdução: A Policitemia Neonatal (PN) é uma condição que acomete menos de 5% dos recém-nascidos (RNs), definida por Ht > 65% ou Hb > 22 g/dL, onde o manejo correto reduz a morbimortalidade neonatal. A escassez de literatura provoca dificuldades na escolha do tratamento da doença. Objetivo: Este estudo aborda o manejo da PN através da comparação de seus tratamentos. Metodologia: Realizada uma revisão de literatura cujos critérios de inclusão foram: artigos gratuitos disponibilizados na íntegra, dos últimos 5 anos, e abordando neonatos (0-28 dias). Resultados: De 39 artigos, 3 artigos originais foram relevantes ,2 protocolos assistenciais, Tratado de Clínica Pediátrica (3ª edição) e Manual de Neonatologia Cloherty (7a edição) que abordam os tratamentos de PN. Discussão: O aumento de Ht e Hb pode gerar quadros assintomáticos ou graves, promovendo efeitos deletérios no sistema nervoso central, cardiopulmonar, hepatorrenal, e até óbito. Os tratamentos incluem suporte das complicações e exsanguineotransfusão (EXT) parcial com plasma fresco congelado (PFC), albumina ou cristaloides, a depender da sintomatologia e gravidade. A maioria dos RNs com sinais e sintomas atribuídos a hiperviscosidade sanguínea, sem doenças associadas, é submetido a EXT parcial com cristaloides, uma vez que o menor risco de infecção pelo uso de produto não humano e a melhora do fluxo sanguíneo cerebral fazem com esta seja a primeira escolha de tratamento, quando comparado aos demais – como a albumina humana e o PFC, que não têm eficácia comprovada. Entretanto, há controvérsias visto que estudos afirmam que o tratamento de suporte leva a um desfecho imediato equivalente e que o uso de cristaloides pode provocar extravasamento de fluidos para o terceiro espaço, acarretando a maiores riscos. Conclusão: O manejo da PN continua sendo um assunto complexo e polêmico, ainda tendo a EXT parcial com cristaloides como tratamento preconizado.