INTRODUÇÃO A depressão na infância (DI), por ser uma doença com sinais inespecíficos e distintos quando comparada à depressão em adultos, torna-se um desafio quanto ao seu diagnóstico. A DI pode ter consequências graves tais como dificuldade cognitiva e comportamento suicida. Assim, ratificar a existência, muitas vezes, ignorada da DI e entender como identificá-la, seria importante para prevenir os malefícios da doença. OBJETIVO Os objetivos são: entender a inespecificidade dos sinais de DI, reconhecer a DI precocemente, avaliar a relação entre a primeira infância e a DI. MÉTODO Optou-se por revisão bibliográfica com estudos que descreveram o diagnóstico, sinais e consequências da DI. Os critérios de inclusão foram: estudos retrospectivos, relatos de casos, estudos qualitativos e pesquisa de campo de 1995 a 2023 com as palavras chaves depressão infantil, saúde mental e primeira infância. Foram selecionados 5 estudos. RESULTADOS A primeira infância (PI) é o período de maior desenvolvimento neuronal, incluindo o desenvolvimento emocional (DE). O DE tem relação com a DI visto que, se há um déficit no DE, ocorre um comprometimento de estruturas relacionadas à personalidade que ainda estão se formando nessa idade, podendo ocorrer a DI. Isto é, o aparecimento de eventos estressantes pode favorecer o surgimento da depressão. Muitas crianças, pela inabilidade de expressão verbal, acabam demonstrando sinais depressivos que requerem uma observação atenciosa. Os sinais de identificação costumam ser inespecíficos, corroborando para que os responsáveis pela criança confundam o indício de depressão com uma fase normal do processo de desenvolvimento. Dentre os indicadores da DI, há um destaque para a desatenção e inquietude. A observação direcionada a essas atitudes pode corroborar para o diagnóstico e tratamento precoce. CONCLUSÃO Conclui-se que devido à inespecificidade dos sinais da DI, a observação atenciosa e direcionada a esses indícios são determinantes para a identificação e tratamento precoce da doença.